Uma homenagem do Sasec referente ao mês do/a Assistente Social – Juliana Hilario Maranhão

Juliana Hilario Maranhão

Juliana é assistente social, mestre em Psicologia, especialista em Gestão em Saúde, 9 anos de formação acadêmica e 7 anos de atuação profissional. Atualmente trabalha no atendimento domiciliar na saúde e na docência.

O tempo presente nos desafia a compreender a realidade social cada vez mais desigual em seus aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais de forma a romper com a alienação e buscar saídas coletivas para a crise socioeconômica e ética do sistema do capital. É nesse sentido que, a busca do Serviço Social por uma sociedade justa e igualitária perpassa também pela garantia dos direitos dos assistentes sociais a um trabalho digno com espaço para atendimento que promova conforto e sigilo profissional, acesso a instrumentos de trabalho suficientes para o exercício de nossas atividades, remuneração adequada via piso salarial, formação continuada que incentive a qualificação dos profissionais e concurso público que promova estabilidade e continuidade dos serviços.

Para alçar um horizonte profissional capaz de responder de forma qualificada e competente as expressões da questão social que chegam à profissão como demandas e, ao mesmo tempo, ter condições de trabalho dignas é necessário a articulação dos assistentes sociais junto aos movimentos sociais populares, às profissões que compartilham conosco de um projeto de sociedade justa e igualitária e às entidades representativas da profissão, em especial o Sindicato dos Assistentes Sociais – SASEC que anos a fio vem lutando por pautas coletivas direcionado a um projeto Ético Político comprometido com o reconhecimento do Serviço Social  e com outra sociabilidade onde não haja discriminação por etnia, gênero, geração e que elimine qualquer forma de opressão e violência.

Deste modo, a luta coletiva dos trabalhadores seja nos sindicatos seja nos movimentos populares são importantes meios de fazer frente ao neoliberalismo que promove uma alienação e ampliação da exploração no trabalho, assim como ao neoconservadorismo que busca espaço nas práticas profissionais na forma de autoritarismo, moralização da questão social e na adoção de posturas voluntaristas dentro da profissão pondo em jogo o Projeto Ético Político da profissão. Parafraseando Iamamoto, é preciso resistir e sonhar. E a resistência perpassa os espaços coletivos da profissão.