Isolamento social chega ao menor nível desde o início da pandemia

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Pesquisa Datafolha mostra que caiu de 21% para 8% pessoas que declararam estar em isolamento completo. Entre apoiadores do governo isolamento também é menor

O isolamento social em função da pandemia de covid-19 caiu em agosto ao menor nível no país desde o início da crise sanitária. É o que informa pesquisa Datafolha divulgada na noite desta terça-feira (18). Segundo a apuração, em 17 de abril, dia que contou 210 mortes por infecção do novo coronavírus, 21% das pessoas declararam estar em isolamento completo e 50% afirmaram que saíam de casa quando era inevitável. Já em 11 de agosto, que registrou 1.274 mortes, as pessoas que se declararam em isolamento total eram 8%, enquanto as que diziam evitar sair de casa eram 43%.

A pesquisa também indica que o comportamento dos brasileiros em relação a pandemia é similar em todo país, variando pouco em relação à margem de erro.

Outro dado que a pesquisa revela é que os cuidados com a pandemia são maiores por parte de idosos, mulheres e as pessoas mais pobres. Entre os que ganham até dois salários mínimos, 11% se dizem em isolamento total. Já entre os que ganham mais de dez salários mínimos essa taxa se reduz para 2%.

A pesquisa ainda mostra que a postura em relação ao isolamento é diferente entre as pessoas que apoiam o governo Bolsonaro e entre as que fazem oposição. A taxa de admissão de isolamento é de 55% entre os opositores do governo, número que cai para 41% entre os seus apoiadores.

Percepção otimista

Apesar de os números de mortes e casos de infecção por coronavírus não arrefecerem, os brasileiros têm uma percepção mais otimista em relação à pandemia. A pesquisa mostra que há mais pessoas que acreditam que a pandemia está mais melhorando do que piorando. Essa é opinião de 46% das pessoas ouvidas, enquanto no fim de junho eram 28%.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL
FOTO: Fernando Frazão / ABr