Fiscalização do Sasec no Hospital Nossa Senhora da Conceição expõe precariedade e desmonte dos serviços

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Nesta terça-feira, 22, as Diretoras do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Ceará (Sasec), Naylma Maia e Meyrilane Barros, realizaram uma visita de fiscalização e acompanhamento ao Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Conceição. A referida visita  constatou uma série de problemas relacionados à gestão dos serviços, condições de trabalho e atendimento à população.



O Hospital Nossa Senhora da Conceição, que conta com sete assistentes sociais vinculadas à Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), tem visto seu funcionamento ser drasticamente reduzido após uma recente reforma. Atualmente, apenas a maternidade está em operação, deixando a população que anteriormente contava com atendimentos clínicos sem assistência. Esse cenário reflete um processo de desmonte da unidade, com os equipamentos sendo redistribuídos para outras unidades de saúde.


Além disso, foi constatado que o Hospital Gonzaguinha de Messejana, que funciona como uma extensão do Hospital Nossa Senhora da Conceição, também não absorveu a demanda dos atendimentos clínicos. Assim como o Nossa Senhora da Conceição, o Gonzaguinha atua apenas como maternidade, evidenciando a ausência de suporte adequado à população que necessita de atendimentos clínicos, gerando lacunas no sistema de saúde.

As condições de trabalho das Assistentes Sociais sociais são outro ponto crítico. Relatos indicam que as profissionais estão utilizando uma sala que anteriormente era destinada à fisioterapia para realizar suas atividades, e o espaço de repouso dos/as plantonistas está improvisado na própria sala de atendimento, o que não condiz com as necessidades básicas de descanso e conforto exigidas para profissionais que atuam em regime de plantão.



A fiscalização promovida pelas diretoras do Sasec aponta para a urgência de medidas que garantam a qualidade dos serviços prestados à população, bem como a melhoria das condições de trabalho dos/as profissionais da saúde. O desmonte dos serviços clínicos, associado às condições inadequadas de trabalho, reforça a necessidade de uma revisão estrutural no atendimento e nas políticas de gestão das unidades envolvidas.

Esses problemas acentuam os desafios enfrentados pelos/as profissionais e usuários/as do Sistema Único de Saúde (SUS) em um contexto já marcado pela precarização dos serviços e pela sobrecarga nas unidades hospitalares. Os Assistentes Sociais têm um papel fundamental no acolhimento e no suporte à população em situações de vulnerabilidade, especialmente no contexto hospitalar, sendo urgente a garantia de condições adequadas de trabalho.

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