Iniciativas em todo o Brasil reforçam solidariedade a quem mais precisa

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Mesmo sem sair de casa é possível exercitar a solidariedade e apoiar quem está mais vulnerável nesses tempos de combate ao coronavírus

Enquanto o poder público deixa muito a desejar, milhares de cidadãos por todo o país têm feito da solidariedade mais um exercício diário no combate ao coronavírus.

Quem pode sair de casa – com todos os cuidados estabelecidos pelas autoridades de saúde – leva ajuda à população de rua, aos mais vulneráveis, na forma de “quentinhas”, material de higiene e limpeza, máscaras, roupas. Quem não pode sair, também participa.

Iniciativas em todo o Brasil reforçam essa solidariedade a quem mais precisa. A Rede Brasil Atual reúne aqui algumas delas aqui. Você pode ajudar com doações, fazendo a diferença na luta contra a pandemia do coronavírus. E também compartilhando a informação.

Todos juntos

Uma dessas campanhas é a Vamos precisar de todo mundo, das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo que integra ações em todo território nacional. Basta acessar o todomundo.org para contribuir.

A Associação Brasileira de ONGs (Abong) também criou ações para conectar quem tem alguma iniciativa de solidariedade, quem precisa de ajuda ou quem quer ajudar. Uma delas é o Rede Solidária. A outra é a Agenda Virtual da Rede Solidária, em parceria com a Conectas Direitos Humanos, um espaço com atividades, encontros virtuais, palestras, lives realizadas por organizações no combate ao vírus.

A página do ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) também divulga ações acompanhadas pelo parlamentar. Basta acessar a página e conferir como ajudar. Médico infectologista, Padilha também grava, desde o início da pandemia, boletins diários com dicas de prevenção ou tirando dúvidas sobre a covid-19 e o coronavírus.

Central de Movimentos Populares (CMP) e diversos movimento populares urbanos de todo o país lançaram a campanha Movimentos Contra a Covid-19. A ideia é cadastrar e divulgar pontos de recebimento e distribuição de alimentos, produtos de limpeza e higiene para grupos organizados realizarem doações em favelas, ocupações e periferias.

Desde que foi criada, em 2 de abril, já são 72 pontos de arrecadação e distribuição em todo o país foram distribuídas mais de 25 mil cestas básicas. Para contribuir, acesse a vaquinha on-line ou faça depósito bancário no Bradesco (banco 237, agência 0120-1, conta-corrente 112040-9, Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo, CNPJ 02.177.766/0001-71). Ouça entrevista de Raimundo Bonfim, coordenador da CMP, na Rádio Brasil Atual:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também encontrou na política da solidariedade uma forma de lutar contra os impactos sociais da covid-19. O que começou com duas iniciativas pontuais de distribuição de alimentação às pessoas em situação de rua no Maranhão e em Pernambuco tem agora pontos de ações em outros 17 estados diferentes, com doações de alimentos, leites e o programa Marmita Solidária.

No Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, uma galera está participando da luta nas ruas, becos e vielas das favelas da Babilônia e Chapéu Mangueira. Na semana passada, foi feita a higienização das ruas, uma ação organizada a partir da experiência no Santa Marta, com o uso de amônia quaternária e pulverizadores. Também são distribuídos kits de limpeza e cartilha educativa sobre o coronavírus. As ações irão se estender enquanto durar a pandemia. E uma vaquinha online arrecada recursos para o Babilônia Utopia. A prestação das contas e os resultados das ações podem ser acompanhados via redes sociais.

A família de Martha Locatelli, sócia do restaurante Sushimar Laranjeiras, juntou-se a outras três famílias e voluntários que produzem semanalmente centenas de quentinhas distribuídas aos moradores do rua dos bairros de Laranjeiras, Flamengo e Catete. Além de doar alimentos, você pode ajudar com roupas e materiais de higiene, ou na produção das quentinhas. Entregas no restaurante: Travessa Eurícles de Matos, 40 (tel: 2285-7246).

No instagram do Comida de Resistência tem mais dicas de gente que está na luta, apoiando quem mais precisa. E inclusive uma vaquinha online para ajudar essas iniciativas.  

Em São Paulo

O projeto Unas mantém um importante trabalho junto à população de Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo. Agora, durante o combate à pandemia, organizam iniciativas e doações.

Com as escolas fechadas, um outro grupo se organizou para doar cestas básicas, materiais de higiene e limpeza a famílias dos alunos das quatro instituições públicas de ensino infantil no centro de São Paulo. 

Além das demandas iniciais por comida e kits de limpeza e higiene, agora as famílias precisam de gás de cozinha, fraldas, roupas de frio e para recém-nascidos.

Quem quiser doar alimentos, materiais de higiene, roupas e outros itens pode fazer a entrega na Emei Armando Arruda, que fica na Praça da República. Também podem ser feitas doações via conta do Banco do Brasil (dados no card ao lado). Educadores das quatro escolas (Emei Gabriel Prestes, Emei Armando Arruda, Emei Monteiro Lobato e Emei Patrícia Galvão) estão na linha de frente da compra e distribuição dos itens. E você pode acompanhar a prestação de contas.

O Chá do Padre, no Largo de São Francisco, promove a segurança alimentar emergencial de pessoas em situação de rua no centro de São Paulo e está precisando de ajuda.

Tem ainda a ação do G10 de favelas, em Paraisópolis. Conta para depósito no Bradesco (Agência 2764-2; CC 23233-5; CNPJ 12.772.787/0001-99; Instituto Escola do Povo).

Comitê Betinho

O Comitê Betinho, parceiro do Sindicato dos Bancários de São Paulo, mantém há anos o legado e a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, do sociólogo Herbert de Souza. Uma campanha para arrecadar recursos para a compra de mantimentos e produtos de higiene e limpeza já conseguiu doar 1,3 tonelada de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de coronavírus.

A primeira doação feita pelo Comitê foi entregue ao Arsenal da Esperança, entidade que acolhe diariamente 1,2 mil pessoas em situação de rua. Para doar, acesse o site do Comitê para participar.

O próprio Sindicato lançou uma campanha, a Bancári@ Solidári@, para divulgar entidades e coletivos que organizam ações de solidariedade em meio à pandemia. Confira a lista de entidades parceiras.

Em Minas Gerais

Quem quiser ajudar o projeto Rede Mãos Amigas a produzir e distribuir máscaras reutilizáveis nas comunidades vulneráveis de Belo Horizonte, pode doar qualquer quantia via Paypal ou pelo Sicoob (banco 756, agência 4086, conta- corrente 4.417.001-7). O valor arrecadado com as doações é usado para comprar os materiais em pequenos armarinhos e remunerar as costureiras, num ciclo de geração de renda e prevenção. As máscaras são doadas na periferia da capital mineira.

Tem também a campanha Solidariedade Salva Vidas que ajuda milhares de famílias de BH, sem renda em função da crise causada pela pandemia, a se alimentar. Coordenada pela Casa do Jornalista e a Associação ARebeldia, a campanha distribui cestas com alimentos, livros e máscaras para famílias de regiões e comunidades carentes.

A Casa do Jornalista funciona como receptora de doações e ponto de distribuição dos kits Literatura Saudável, direcionando para entidades da periferia e associações de moradores. Os livros estão sendo doados por livrarias da cidade como a Quixote+DO Editoras, a EIS editora, a Página Editora e escritores mineiros. Os alimentos são doados pela ONG Ação e Cidadania, fundada pelo sociólogo Herbert de Souza (o Betinho), e empresas como Petisco e Mara.

A próxima etapa pretende levar a campanha para o Vale do Jequitinhonha e outras regiões. Qualquer pessoa pode contribuir com essas ações depositando na conta da Associação Arebeldia Cultural (CNPJ: 10.956.372/0001-40, banco Itaú – 341, Ag 0781, conta-corrente 02665-3).

Em Recife

Duas ONGs arrecadam recursos para a população LGBT.

A GTP+ aceita doações para a compra de cestas básicas, materiais de limpeza e higiene. Para doações presenciais, entrar em contato pelo (81) 98882-8276, com Nance.

As 120 pessoas atendidas pela Gestos, além de viverem com HIV e Aids, são extremamente pobres. Quem quiser ajudar pode fazer uma doação. O trabalho da Gestos pode ser acompanhado pelo InstagramFacebook e Twitter.

No Distrito Federal

Em Brasília, uma iniciativa ajuda catadores e catadoras que estão sem trabalhar e com a renda extremamente comprometida diante da suspensão da coleta seletiva de lixo.

E o Projeto Dividir arrecada doações e dinheiro para serem distribuídos às pessoas carentes.  

No Espírito Santo

A Campanha de Arrecadação Solidária ajuda famílias que têm passado por dificuldades ao perderem sua fonte de renda por ter de permanecer em casa no combate ao coronavírus. Para isso, o movimento Kizomba e o Movimento Negro Unificado (MNU) arrecadam dinheiro, alimentos e produtos de limpeza.

A distribuição é feita para pessoas em maior vulnerabilidade, começando por Cariacica. O grupo entrega também panfletos com informações sobre a renda emergencial, serviços emergenciais do serviço social da região e sobre o reforço às medidas de prevenção. Mais informações via instagram.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL
FOTO: Pixabay

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